04/06/2009

O ANIVERSÁRIO DA DIANNA

Sábado, 24 de abril de 2004 – 17:00 em diante



Passei na casa da Dani para pegar o Vico e aproveitei pra tomar um banho e tirar aquele cheiro de puta do corpo. Sem falar na roupa que fedia a cigarro e noite. Smells like teen spirit. Quando eu saí do banho, quem estava lá era o Juliano, eternamente rodeando. Ele talvez deva me odiar por isso, mesmo não havendo motivos. O Fábio me ligou pra combinar de pegar carona pro aniversário e a Dani ficou sabendo de tudo o que rolou na noite e, é claro, ficou puta da vida comigo, por estar indo tomar banho na casa dela depois de ter comido outra mina. Puta ainda por cima, o que ela diz que mais odeia, apesar de que na verdade todas as minas são putas, só estão esperando a oportunidade. Ninguém é de ninguém, nem de ferro. Peguei o Vico e fomos pra festinha, chegando lá, Coca-cola, nada de cerveja, ainda lembro do Fábio comentar:
- A única festa de criança que tem mais cerveja do que refrigerante é a do Vicenzo.

E é verdade, só que o nome do meu filho é Vincenzo, com um “n” antes do “c”. O Fábio até hoje não sabe falar direito. Fiz uma boquinha, já que eu não comia nada morto desde a noite anterior, brinquei bastante com o Vico, driblei uma gorda que queria se chegar e o resto da festa nós ficamos pensando onde andaria o Gabriel? Conseguimos colocar todo mundo da festa em situação de questionamento, já que o paradeiro dele era uma incógnita, ainda mais tendo em vista a maneira como ele sumiu. Por fim, quando eu já estava quase indo embora o Louis apareceu e disse que o Gabriel estava dormindo na sua casa, o que tranqüilizou a turma. Combinei de voltar e nós iríamos fazer um churrasco na casa do Louis e continuar o fim de semana. É foda não poder fazer tudo o que se quer, eu saí do aniversário da Dianna e levei o Vico em casa pra ele dormir, fiquei de voltar pra fazer um churrasco com os terroristas, só que eu cheguei em casa, fui trocar de roupa e caí no sono, só acordei no domingo ao meio dia. O mínimo para me recuperar de um dia de trinta e nove horas. Perdi o churrasco com os amigos e pior, o show do Living Colour, que por sinal estava vazio e dizem, muito bom. O sortudo do Fábio ainda encontrou os caras do Living Colour na Redenção no dia seguinte e por incrível que pareça não tinha certeza se eram eles mesmo, o Gabriel estava junto e não entendeu nada. Também, os dois mais o Papi , tinham ido de novo pro Kimbal, imagino então o estado em que eles estavam. Pelo que me foi dito, saíram do churrasco e foram pro Vanda, lá o Papi tomou um fuguetão de whisky, que deve ser um Black Wood piorado (ainda vou contar a história do Black Wood), conheceram umas minas – essas não se diziam putas, pelo menos não por profissão – e o Fábio ficou com uma delas, só não sei porque não arrastou pro Kimbal, onde eles foram parar depois. Lá o Papi encontrou a putinha dele e acabou indo embora pra casa dela em Canoas, de carona no carro da mina. Essas putas não têm limite, elas vão dominar o mundo. This whore is out of control, they gonna burn this city, burn this city. O Fábio e o Gabriel foram ficando e um cara meio que se estranhou com o Fábio, o cara bebeu demais e encarnou que ele estava encarando, se levantou e pegou ele pelo pescoço. O Gabriel estava tão bêbado que demorou a reagir e o Fábio não conseguia se desvencilhar do cara, até que um amigo deste filho da puta brigão se levantou e apartou. Os dois foram pra Redenção acabar a noite tomando chimarrão. No domingo eu fui aparecer lá no Ossip umas oito ou nove horas da noite e aí o Gabriel me contou a história da noite de sexta.

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