04/06/2009

SEXTA-FEIRA

Sexta-feira, 30 de abril de 2004 – 18:00



Sexta-feira seguinte. Uma semana sem grandes emoções destacáveis, como a maioria das semanas deveria ser. Infelizmente, as semanas seguintes sucediam-se com coleções e mais coleções de emoções. Todas extremamente destacáveis. Algumas auto-colantes, eu diria, mesmo que a base de cuspe.
Uns telefonemas na tarde e uma programação inocente pra noite. Peguei a minha amiga Lú no banco (leia-se agência bancária) onde ela trabalha – acidentalmente também na Farrapos – e nós fomos pra casa dela bater um papo descontraído, como de costume. Na cozinha, como de costume, também. Ela inclusive assou umas costelinhas desossadas para a gente comer. Estava tudo muito bom, como de costume, mas não é isso o que interessa. Não tinha nada pra beber na casa dela além das cervejas que nós havíamos comprado e, é óbvio, já tínhamos tomado – como de costume, é claro. Acabamos indo à meia noite lá prA Taberna, o bar onde eu esporadicamente trabalho, só pra não perder o costume. Já que insistíamos em mantê-lo esse tempo todo.
Uma vez lá dentro, a Lú preferiu manter-se nos derivados de cevada, tomando o tradicional chopp da Brahma. Com a pior das intenções, apliquei uma mistureba demoníaca de vodka, licores, sukita e tequila, tomei duas bombas de 350ml e fiquei alegre. Não que houvesse motivo pra tristezas, mas não há mal nenhum em aplacar um grandioso sorriso no rosto num início de madrugada, quando ninguém espera mais nada de nada – nem de ninguém. Saímos de lá umas três da madrugada e eu fui levar ela em casa. Até aí, tudo sob controle, como é de costume. Depois de deixar a Lú em casa resolvi não ir pra minha e sim atrás do meu anel. Numa semana sem grandes emoções destacáveis, as memórias mantêm-se presentes. E impertinentes. É claro que eu fui atrás da mocinha também, como de costume, e, assim acabei na frente do Swing pouco antes das quatro da manhã. Entrei com total permissão do pessoal da portaria e fiz um grau do tipo ‘tô em casa’.

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